terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O que querem de mim?

Querem que eu cresça?
Por dentro, por fora, o quê?
Se for por dentro, engordarei.
Por enchaço de comer palavras oleosas.
Não são as pessoas boas chamadas de
piedosas? ou caridosas?
Se for por fora, espicharei.
E terei assim que andar de mansinho
Para não quebrar as perninhas de bambu.
Que correm o risco de atiçar o apetite.
De quem gosta de palmito.
Ou senão ser debulhado.
Por quem gosta de espiga de milho.
O que querem de mim afinal?
Será que nasci para ser exaltado?
Será que nasci para ser humilhado?
Ou talvez seja um ato falho.
Que queria dizer talvez umidificado.
Prefiro antes não ser.
Nem alto, nem baixo,
Nem gordo, nem magro.
Abaixo as comidas gordas ou diet.
De agora em diante só tolero:
Salivar, lamber, gozar, viver!!!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Serenidade

Serena luz do dia me acolhe
Abraça-me e leva-me o tormento.
Leve e solto como o vento
Para a terra amiga das manhãs.

Quando estiver frio, me aquece.
Quando estiver calor me refresque.
Se o calor da tarde me perseguir.
E a noite estiver prestes a cair.
Que eu nunca durma com uma prece.
Sem antes lembrar-me de sorrir!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Oração ao Dia do Professor

Dia do Mestre
Abençoado sejas
quem nos ensina.

Professor da gente
És mesmo diferente
Do que temos fé.

Amigo da gente.
Professas outra crença.
Outra opinião.

Professor amado.
Não estamos do teu lado.
Somos descrentes.

Querido mestre.
Quem te ensinou a mentir?
Querido tolo.

Querido mestre
Queremos o que nos pertence.
A nós por direito.

Querido mestre
Só queremos aprender.
O que nos interessa.

É, meu querido!
É vero. Precisamos
É de sermos heróis.

Tu também, mestre
Precisa nos seduzir.
Para se dar bem.

Hoje, professor.
Quem a lição nos ensinou?
A televisão.

A Benção, mestre.
Nove horas, já começou
Nossa novela.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sem Título

Em vez de fazer poesia.
Eu poderia aproveitar o dia.
Ao invés de tirar proveito do dia,
Eu poderia fazer outra coisa.
Em vez de fazer outra coisa,
Poderia não fazer nada.
Ao invés de não fazer nada
Poderia fazer tudo em vez de
Fazer poesia.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Jesus

Ora, se hesito em falar de Jesus.
Daquele dos cabelos negros-lisos.
Do Cristo dos olhares sempre rijos.
Que vêm de lindos olhos azuis.

É porque seus olhos são o limite
Entre o desejo do corpo e espírito.
Do espírito que em delírio e atrito
Jorra do peito uma luz serafinite.

Esse desejo tem natureza do homem.
É Limitado em suas paixões.
Mas Infinito na sua busca de lúmen.

E se agora os homens só dormem.
Ou se agora só querem viver como pavões.
É que desta verdade todos fogem.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É impossível

Será mesmo impossível ser feliz?
Já que ser é verbo de ligação?
Será que nem mesmo ser infeliz
Pode ser expresso em oração?

Afinal feliz é o que permanece.
Apesar do tempo sempre mudar.
Algo que nunca alguém se esquece.
E que não adianta esperar.

Este mundo é do tamanho de um grão.
E que no universo vai rodando
Rodando sempre como um pião.

Esperamos pela vida em vão.
E a vida vai passando, passando...
Tudo escorregando como sabão!



segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um haikai

Verão chuvoso.
O medo da morte surge.
O peixe nada!